No canteiro do meio
Eu vejo o ipê
No fundo de todos os lados
Eu encontro a serra
Domingo raposa e galo
No gigante um auê
De noite no bar tem cerveja
Tem a mulher mais bela
Obelisco central observa
A cidade ferver
O moderno beija o palacete
Coreto e jardim enquadra na tela
Se estico Contagem fumaça
Metropolitano é chaminé
Do lado Pampulha com roda gigante
Garça e jacaré
Capivara, lagoa, museu
Bicicleta e paz sem calmaria
Do outro lado o arranha céu
Em terra vizinha no meio da vila
Oiapoque é pedaço da China
E promiscuidade é Guaicurus
Lagoinha não é um complexo
Pra quem tá querendo andar sob a Luz
Não existe copo americano
E também não tem hippie vendendo feira
Uns amasso era dentro do carro
De frente a mansão lá do mangabeiras
Sob o céu neblina e pipoca
Dá uma bitoca e namorar
No pedaço que é do senhor papa
Ninguém sobe lá pra poder rezar
Sobre os morros das ruas
Em cada esquina um buteco infesta
Escada velha dentro do Maleta
Vou subir Bahia, se eu desci Floresta
Sem samba o santê sobressai
Se olho a vista da Sapucaí
Cê sabe que é lá na Savassi
Que a gente sai se quer distrair
A venda nunca fica velha
E o barreirense não quer se mudar
Do pico eu vejo um vale
E onda de favela trafega pelo ar
Libertas curral
Quae será Horizonte
Tamem capital
O futuro adiante
Eu vou ouvir um Clube da Esquina
Skank, Jota Quest, Tianastacia e Patu Fu
Lá do parque vejo selva de concreto
Constatando bem bonito com esse céu azul
Pastelzin no centro
Pão de queijo e café
Docin de leite e goiabada
É tudo que a gente quer
Pastelzin no centro
Pão de queijo e café
Coxinha com catupiri
É tudo que a gente quer
Pastelzin no centro
Pão de queijo e café
Fígado com jiló
É tudo que a gente quer
Pastelzin no centro
Pão de queijo e café
Abacaxi do mercado
É tudo que a gente quer
Libertas curral
Quae será Horizonte
Tamem capital
O futuro adiante